sábado, 17 de março de 2012

A História de um Ovo

Figura 1 - Um dia e isso não faz ainda muito tempo – um amigo meu estava andando descontraído por um bosque, quando algo chamou a sua atenção. Era um ovo, branquinho, com pintinhas. Aquele era um simples ovo… Abandonado

Figura 2 - Ele ficou indignado: “mas aonde já se viu isso? Como se não bastassem inúmeras crianças abandonadas nesse país, agora estamos diante de casos de ovos, igualmente abandonados! Mas que passarinha mais sem coração esta, não?!” Movido pela compaixão social (ou seria, “compaixão zoológica?”), esse meu amigo recolheu o ovo e logo passou a imaginar: “que ave poderá nascer desse ovo?” pronto! Depois que fez essa pergunta, ele não sossegou mais. Seria uma galinha? Um papagaio falante? Ou seria um raro tucano, que estaria ali dentro? Dominado intensamente pelas perguntas, ele decidiu levar o ovo para casa.

Figura 3 - Pegou madeira, serrote, pregos, martelos… e começou a trabalhar. Puxou uma extensão elétrica, aproximou uma luz, acomodou-o dentro de uma caixinha de lã da melhor qualidade, mediu a temperatura ambiente para ver se esta proporcionaria a possibilidade do ovo chocar e, depois de tudo preparado, ficaram ali por perto uns minutinhos: “puxa, deu um trabalhão. Só espero que valha a pena…”. Os dias se sucediam, e nada. Isso fez com que meu amigo passasse a observar demasiadamente o desenvolvimento da sua idéia, torcendo para que desse certo.
Figura 4 - Aí, aconteceu! O ovo começou a chacoalhar. O meu amigo ficou ansioso. O ovo sacudia tanto, mas tanto, que até parecia que ia explodir. As primeiras rachaduras surgiram… o coração do meu amigo estava a mil por hora, e a ação do filhotinho dentro do ovo, também. Mas, para a sua surpresa não surgiu das cascas uma galinha, nem um papagaio falante ou um filhote de tucano de rara espécie. Aquele era o ovo de uma serpente…
Figura 5 - Realmente, ele ficou um tanto desconcertado com o resultado. Tanto trabalho, tanto acompanhamento, e vai nascer logo um filhote de serpente? Tenha santa paciência… Esta foi a sua primeira reação. Mas, depois, passado o choque, ele raciocinou: “Sabe de uma coisa? Esta cobra até que não é tão feia, assim. É até bonitinha… e já vem com um chocalhinho na ponta, inteiramente grátis!” Ele decidiu adotá-la como seu animal de estimação, afinal neste mundo regido por uma sociedade careta, existiam aquelas pessoas estranhas, com animais de estimação mais estranhos ainda… Por que não ser diferente? Por que não possuir um animalzinho exótico? Gatinho, cachorrinho, passarinho… Todo mundo possuía. Cobra, daquela estirpe, não era para qualquer um não…
Figura 6 - Não demorou muito, aquele meu amigo estava morrendo de amores pelo seu novo “hobby”: cuidar de um animal de estimação. Uma cobra… Por que não tratar aquela criaturinha mais encantadora do universo como a sua própria filha, hein?! Por que não? Repito: por que não?
Figura 7 - Passavam-se os dias e a cobrinha ia se desenvolvendo muito bem. E quando tinha fome, sai de baixo, porque era uma fome daquelas! Quando o estômago roncava, o berreiro começava! A cobrinha se esgoelava de chorar, levando o meu amigo a largar tudo o que estivesse fazendo, para atender seu voraz apetite. “Calma, calma, a mamadeira e o papai estão aqui. Pare de chorar”. Umas três vezes ele se pegou falando assim…
Figura 8 - No finalzinho da tarde, quando o sol não estava mais tão quente assim, os dois saíam para agradáveis passeios. A preocupação maior era para que o filhotinho de cobra não apanhasse gripe.
Figura 9 - Não tinha uma noite em que o meu amigo não embalasse os sonhos do seu animal de estimação, cantando belas canções de ninar. Noite após noite. Ah! Como a serpente gostava de dormir ao som da sua voz.
Figura 10 - Aquela cobra saiu rapidinho da fase infantil. Agora era uma cobra “Teen”, com direito a usar bonés de times de basquete e tudo mais. E possuía uma força daquelas! O meu amigo, que gostava de brincar descontraído com PEK (esse foi o nome carinhoso que escolheu para a serpentinha…) começou a perceber a força que PEK tinha, porém, tratava de desconversar: “ora, ora, até que ela é fortinha, mas quem tem o controle de tudo, sou eu…”
Figura 11 - Depois de alguns meses, a cobrinha tinha crescido bastante. Já não era mais uma cobra “bebê”. Numa noite de muito frio, o meu amigo assistia a um programa de televisão, quando teve uma grata surpresa; a cobrinha começou a envolvê-lo “ Hei, o que é que está fazendo?” Perguntou, enquanto ria. Ela apenas olhava meigamente, enquanto continuava a enrolar-se nele. “Hei, até que esta não é uma má idéia!” E, por um bom tempo os dois permaneceram ali na frente da TV…
Figura 12 - De tão orgulhoso que estava o meu amigo nem percebeu que a cobra havia mudado. O fascínio que nutria pelo animal, só o levava a enxergar virtudes no próprio. Mas grande verdade era que, a essa altura do campeonato, a cobra mudara, e muito. Logo ele iria perceber isso…
Figura 13 - Quando foi um dia, o meu amigo retornou “morto” de cansado do trabalho. Durante o caminho ele só pensava em tomar uma boa ducha, uma boa refeição, e cair na cama. As duas primeiras partes do programa ele cumpriu direitinho, mas quando foi para a cama, quem estava lá? Exatamente a serpente. Com voz de nítida impaciência, ele foi enxotando a cobra do lugar: “mas o que é isso”? Vamos saindo daí, rapidinho, que estou morrendo de sono. Sai… sai! Um gatinho, um cachorrinho… teriam obedecido. Aquela serpente, não. Imóvel como estava imóvel ficou. O meu amigo interpretou aquela atitude como uma afronta a sua autoridade e partiu decidido para cima da cobra: “eu não queria isso, mas você me forçou a fazê-lo”. “Agora você vai levar uns tapas”. Ao aproximar-se para bater no animal, a serpente prontamente armou o bote e mostrou suas afiadas presas! Presas de serpente adulta, diga-se por sinal. E eram afiadas, afiadas… Diante da ameaça o rapaz recuou-se na hora! A cobra com ar de vitoriosa, apontou para o chão, como que avisando: “Até hoje, você comandava a situação, mas a partir dessa data, a casa tem um novo líder”. Quem comanda as coisas agora, sou eu e se você quiser dormir neste quarto, então, aproveita sem reclamar o tapete aí do chão. Pela primeira vez nessa história, o meu amigo se arrependeu de ter apanhado aquele ovo…
Figura 14 - Com o passar dos dias, aquilo foi um enorme prazer, transformou-se numa incrível dor de cabeça. Aquela cobra brutamontes não dava sossego e nem largava do pé. O meu amigo perdeu todo e qualquer controle da situação e, se queria sair sozinho, para dar uma volta ou mesmo visitar algum amigo… Não tinha jeito. A cobra logo percebia, entrava no carro e ia junto.
Figura 15 - E, quando sentia que não estava recebendo a atenção que julgava merecedora, ele logo dava um jeito de chamar a atenção para si. A situação ficou de um jeito que nem estudar ou trabalhar, o meu amigo podia mais…
Figura 16 - Um dia quando meu amigo retornou do emprego e abriu a porta da sua casa se encontrou com a casa toda destruída! Pek tinha quebrado tudo!!! Que raiva!!!
Figura 17 - Sustentar a Pek tinha se tornado insuportável. O dinheiro inteirinho do salário do meu amigo não era suficiente pra alimentar aquela cobra tão grande!!!!
Figura 18 - Realmente, não tinha jeito de se livrar daquele peso. E com o passar do tempo, as exigências foram aumentando. Agora, a cobra não queria mais rastejar. Reclamava cansaço. Queria ser carregada, para cima e para baixo.
Figura 19 - Até que chegou um dia. A serpente veio, começou a enroscar-se nele, imobilizando-o completamente. Ele reclamou: “Mas o que é isso?” Ela continuou o seu intento. Ele implorou: “Por favor, não faça isso comigo. Lembre-se de que fui muito bonzinho com você todo esse tempo. Por favor, pare!”. A essa altura ele já estava totalmente imobilizado…
Figura 20 - Ela abriu a boca e em questão de segundos engoliu completamente o rapaz. A seguir, palitou os dentes, deu um enorme arroto de satisfação e foi rastejando-se por aí, deslizando a sua vitória.
Figura 21 - Vomitando logo meu amigo que ficou inconsciente, quase morto.
Figura 22 - Foi nesse momento que meu amigo percebeu que não poderia sozinho com a cobra e pegou um antídoto mortal que alguém tinha oferecido mas que nunca quisera aplicar e colocou na cobra. Que logo morreu debaixo do poderoso efeito do antídoto.
Figura 23 - Que alívio!! Meu amigo era livre!!! E o grande vencedor!!! Depois de aplicar a vacina!

Aplicação da história.

Quem sabe um dia você não estava andando, um dia descontraído, quando de repente, algo te chamou a atenção? Talvez você olhasse para a vida do seu amigo ou amiga e começou a observar que ele ou ela tinha uma vida muito melhor que a sua. E de repente você começou a ver que os pais dele eram muito melhores do que os seus, e… Puxa quantos defeitos você começou a ver em seus pais. Mentiras, desejos impuros, namoros, ficar, roubar, quanta tentação.
“O achado” prendeu a sua atenção de um feito, cativando completamente a sua imaginação.
Deus avisa antes, que no final, você sairá perdendo, preste muita atenção neste versículo bíblico: “Cada um, porém, é tentado pela própria cobiça, quando por esta é arrastado e seduzido. Então, a cobiça, tendo engravidado, dá a luz o pecado; e o pecado, após ter-se consumado, gera a morte”(Tiago 1.14-15)
Imoralidade, drogas, mentiras, maus pensamentos que já encontraram ninho na mente, desejo de possuir o que pertence aos outros; engano, inveja, ódio; querer levar vantagem em tudo; ciúmes, murmuração reclama de tudo nada está bom; palavrões; fofocas… e uma série de coisinhas mais, que contaminam o seu coração, já receberam as “boas vindas” na sua vida? Você já levou uma dessas formas de pecado para casa? Já preparou o ambiente para que tal pecado recebesse todas as condições para nascer?
Pecados acolhidos no coração passam a ser bem tratados. Na realidade, eles recebem tratamento de “filhos recém - nascidos”, para os quais, toda atenção, ainda é pouco. Está ocorrendo o mesmo na sua vida?
E quando o seu pecado tem fome? Sim, o pecado tem uma fome terrível! Ele sempre quer mais; nunca está saciado.E você que tipo de pecado você tem alimentado? Lembre-se: o apetite voraz do pecado sempre exige uma quantidade maior de alimentos.
Está levando o seu pecado para passear? E você está levando o seu pecado para escola, onde você aproveita e fala mal de seus pais, fala de sexo, para mentir para os colegas. E ainda pensa aqui eu posso fazer o que eu quiser que meus pais nunca vão descobrir
O seu pecado cresceu tanto a ponto de te envolver completamente. À noite, diante da televisão, quantas vezes vocês ficaram juntos, afinal, o pecado estava ali, concordando com tudo. Quando você assiste às novelas e vê cenas que não agradam a Deus como: homossexualismo, lesbianismo, marido que separa da mulher, sexo fora do casamento, desenhos ocultos e outros.
À noite, quantas vezes você ficou pensando no seu pecado, até dormir? Pensando na revista de mulher pelada que você viu; pensando na mentira que você falou, na briga que você teve com sua mãe…
Está você brincando com o seu pecado, achando mesmo que consegue dominá-lo? Quem tem o controle da situação?Total controle? Tem certeza de que a hora em que resolver parar, você para?
A Bíblia diz que não existe vantagem alguma em pecar.
Porque chegará o dia – se é que esse dia já não chegou, em que você se encontrará totalmente dominado pelo pecado. Foi Jesus Cristo mesmo quem afirmou; “Todo aquele que vive pecando é escravo do pecado” (João 8,34)
Até hoje não apareceu ninguém que conseguisse driblar as armadilhas do pecado. Pecado é algo que prende, domina, escraviza de fato.
Você pode até tentar despistar a presença do pecado, mas logo perceberá que despistá-lo é algo impossível. O pecado sempre dará um jeito de alojar-se bem perto, mais perto do que se imagina. Chegará o tempo em que você mesmo perceberá que o pecado exige toda a atenção. Total atenção, impedindo sua concentração nos estudos, nas tarefas de casa… exigindo de você que cumpra todos os seus caprichos.
Até que você decidiu parar! Chegou a conclusão de que o pecado realmente virou a mesa da sua vida, não cumprindo a parte que te cabia; liberdade e prazer, apenas sem cobranças ou dores de cabeça posteriores.Você resolveu dar um basta.
Sabe, depois de um envolvimento com o pecado, não se consegue ficar livre dele, facilmente. Há conseqüências decorrentes desse envolvimento. A Bíblia diz claramente: “O ser humano sempre colherá justamente o produto da semente que ele plantou!” (Gálatas 6.7)
E mais: o pecado tem uma excelente memória. Ele sempre acha o caminho de volta, porque sentirá saudades, afinal, desde pequenininho você o acolheu, o alimentou, o embalou… Sim, o pecado reclamará o espaço conquistado. Ele não cederá, ou recuará. A única palavra que o pecado reconhece e obedece é AVANÇAR!
Aquilo que no início foi uma fonte de satisfação, agora pode ter se transformado num grande peso em sua vida. Se você for honesto com você mesmo e com Deus, terminará reconhecendo que o seu pecado, seja ele qual for, tornou-se um grande peso na sua vida. Nos versículos de Tiago 1.14-15 vemos um processo: o pecado conquista o seu espaço… vai crescendo, crescendo, até acabar em morte.
Geralmente, pensamos em morte quando a pessoa está fria e dura, dentro de um caixão, esperando a próxima condução para o cemitério.
Este é o sentido final da palavra morte como interrupção dos nossos dias sobre a terra. Porém, existem outros tipos de mortes, que podemos aprender nesse texto.O pecado também tem o poder de assassinar a alegria, a vontade de viver, o ânimo, o desejo de relacionar-se com Deus através da oração e da leitura da Bíblia. Sim, o veneno do pecado circulando na alma, é capaz de prejudicar consideravelmente qualquer pessoa.
Está você completamente envolvido com o pecado? É vítima da sua atração fatal? Identifica-se com a figura ao lado: totalmente imobilizado escravo mesmo do pecado… correndo sério risco de perder a alegria pela vida, e por fim, a própria vida?
Esta é a seqüência natural do texto que lemos: Até hoje, ninguém que cometeu pecado, conseguiu sair vitorioso contra ele. Nesta luta, só existe um vitorioso; o pecado!
Ele sempre levará vantagem sobre nós. Contra as suas intenções de aprisionamento, não existe ninguém esperto, que consiga livrar-se do seu abraço morta.
O único antídoto para matar o pecado é a cruz do calvário. Quando Jesus morreu na cruz do Calvário, morreu para garantir a libertação das presas do pecado.E quando reconhecemos isso, arrependidos do espaço que concedemos para o pecado agir nas nossas vidas, dominando-nos por completo aí sim, ocorre a libertação total; somos arrancados da escravidão do pecado pela ação do poderoso Amor de Deus.Veja o que a Bíblia garante aqueles que estão desejosos de saírem do domínio do pecado;
“Quem procura esconder seus pecados, será sempre um fracasso. Quem confessa e abandona seus pecados será perdoado” (Pv. 28.13)
“Se dissermos que não temos pecado, só estamos nos enganando a nós mesmos, e recusando-nos a aceitar a verdade. Mas se confessarmos os nossos pecados a Ele, podemos confiar que Ele nos perdoa e nos purifica de todo erro” (1João 1. 8-9).
Sim, hoje pude perceber que ninguém consegue vencer o pecado e que não existe solução para o mesmo, fora da Pessoa e da ação de Jesus na cruz, portanto, decido hoje mesmo confessar os meus pecados, abandonando completamente as suas práticas. De hoje em diante, confesso ser Jesus Cristo Aquele que irá comandar definitivamente a minha vida!Jesus nos mostra o valor de uma vida arrependida, que se volta para Ele restaurando os laços do amor, da comunhão e da alegria de salvação que só Ele pode dar, sendo isto motivo de festa no céu.

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