BOLINHA
Texto áureo:
“Ninguém tem maior amor do que este,
de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos.” ( João 15.13)
(1) Parecia uma bola de pêlos amarelos com perna e tudo...mas, era uma gatinho de verdade.
(2) _ Mamãe, olhe! A senhora não achaque este é o bichinho mais lindo do mundo? – perguntou Júnia, uma menina de 10 anos.- Posso ficar com ele? – indagou – e seus grandes olhos azuis imploravam. Enquanto falava, Júnia observava o gatinho que brincava perto dela.
(3) _ Mas, Júnia- protestou a mãe- você já tem dois coelhos, um cachoro e três patos. Isto já é bastante para ma menina criar.
_ Oh, mamãe, mas ele é tão bonitinho. Que pelo macio e olhos tão azuis! Ele já gosta de mim. Escute como ronrona! Aninha vai gostar de brincar com ele porque nosso cachorro é muito grande pra ela. Ah, mamãe, deixa...
Neste instante uma menina de três anos veio do quarto e viu o gatinho.
_ Aninha quer o gato! Aninha quer o gato! – repetia animada.
_ Veja, Aninha, não é um gatinho lindo? – Júnia encorajou-a.- Alise a cabecinha e segure-o com cuidado. Olhe, mamãe, Aninha também quer ficar com ele, não quer, Aninha?
(4) _ Aninha quer gatinho bonito, mamãe. – disse a pequerrucha, acariciando-o suavemente.
_ Bem, acho que vocês podem ficar com ele- disse dona Selma. Vão buscar aquela tijela branca, trincada.
Ainda podemos usá-la algumas vezes para o gatinho. É melhor que vocês não fiquem com a idéia de que ele ficará conosco.
_Oh, espero que possamos ficar com ele a vida toda – isto é - se ele não pertence a outra pessoa. – disse Júnia. – Aninha, segure o gatinho enquanto eu vou buscar a tijelinha com leite.
_ O gatinho estava mesmo com fome. Lambeu o leite num instante e depois limpou as patas e lavou o rosto.
_ Cuidado, Aninha, não o aperte demais. Sei que você quer acariciá-lo, mas tenha cuidado, ele poderá arranhá-la.
Parecia que as duas meninas tinham achado uma coisa que seria objeto de seu amor e prazer.
_ Ele vai ser de nós duas, Aninha. – disse Júnia - Vamos dar-lhe um nome. Como vai chamá-lo? Vamos escolher um nome que dê certinho com ele. Mamãe, que nome vamos dar ao gatinho?
Mamãe veio até a porta.
(5) _ Ele é amarelo como manteigae depois de tomar o leite, enrola-se como uma bola. – observa a mamãe.
_ Bolinha – murmurou Aninha, enquanto alisava a cabeça do gatinho que procurava aninhar-se em seus pés para dormir.
_ Isto mesmo! Bolinha! - Disse a mamãe – porque não o chamamos de Bolinha? Este nome é bonitinho com ele.
_ Bolinha – falou Júnia bem baixinho – é um bom nome para o nosso gatinho. Sei que vamos ser amigos por muito tempo, não é, Bolinha?
A primavera chegou com seu esplendor de flores e canto de pássaros. No verão, Bolinha já estava bem maior e gostava de acompanhar as meninas em seu divertimento. Ele gostava de ser carregado, especialmente por Aninha. Os dois quase sempre estavam juntos. Bolinha se tornou um amigo verdadeiro, como você vai ver.
Um dia, Aninha estava brincando na areia com seu balde e sua pá. Era uma tarde quente e ela estava ficando com sono. Resolveu então procurar um lugar fresco embaixo de uma grande árvore, quando ouviu Júnia chamando.
(6) _ Venha aqui, Aninha, está na hora da sua soneca. Não, não corra. Venha agora mesmo. Depressa.
(7) ouvindo a voz de Júnia, a pequena voltou e começou a andar devagarzinho para casa. Tinha dado alguns passos quando ouviu um zumbido. Parou de repente com o olhar fixo numa grande cobra marrom. Aninha nunca tinha visto uma cobra, mas assim que viu o animal inchar com a língua para fora, ficou com medo. Seus grandes olhos se encheram de horror e suas faces coradas ficaram pálidas. Ela respirou fundo e começou a chorar. Largou o balde e cobriu o rosto com as duas mãos.
O movimento e barulho do balde enfureceram a cobra que se preparou para atacar, entretanto, Júnia, que ao primeiro sinal de medo em irmã, correu para alcançá-la. Enquanto corria,, avistou a cobra e deu um grito. Correu mais depressa querendo salvar Aninha.
_ Senhor Jesus, me ajude a salvar – ela clamou, reconhecendo que não poderia alcançar a irmã antes do ataque da cobra.
(8) Enquanto corria o trecho final, Bolinha lançou-se entre Aninha e a cobra. Estava com as costas arqueadas e rosnava furioso. As presas da cobra cravaram na cabeça do gatinho, enquanto Júnia agarrava depressa sua irmã.
(9) Sr. Sérgio, ouvindo os gritos das crianças, deixou o trator e correu em direção às filhas. Ele percebeu que algo horrível estava acontecendo. Dona Selma também foi correndo e alcançou as crianças, quando chegaram à varanda. Apavoradas e soluçando, as duas contaram à mãe o que tinha acontecido. Sr. Sérgio correu com uma enxada e matou a cobra num instante, mas era tarde demais para o gatinho corajoso. Júnia tentava controlar as lágrimasenquanto contava o que aconteceu. Mas, quando falou do heroísmo de Bolinha, agora morto, não se conteve.
(10) As lágrimas de Aninha também rolavam enquanto dizia repetidamente: _ Bolinha morreu por mim! Bolinha morreu por mim!!
Dona Selma mandou as meninas pra dentro e pôs Aninha na cama. Depois foi conversar com Júnia sobre o amor e a lealdade na hora do perigo.
_ Bolinha foi um amigo verdadeiro no perigo, não foi mamãe? - disse Júnia – Imagine o que teria acontecido à Aninha se Bolinha não estivesse lá. Será que doeu muito as mordidas da cobra?
_ Acho que sim querida, mas devemos ser gratos porque ele deu a vida por Aninha. – respondeu mamãe.
(11)_ Júnia, isto não a faz pensar no Senhor Jesus que deu Sua vida por nós? João 3.16 é um retrato fiel do que Jesus fez. Ele tomou nosso lugar na cruz do Calvário para que possamos ter a vida eterna. (PROFESSOR, EXPLIQUE CUIDADOSAMENTE O PLANO DA SALVAÇÃO)
_ Sim, mamãe, estou triste porque Bolinha morreu, mas quando a senhora me fez lembrar que Jesus morreu por mim, fico mais triste ainda por causa dos meus pecados. Como sou contente por já ter aceitado Jesus como meu Salvador há quatro anos passado. Cada dia Ele se torna mais querido pra mim e hoje estou alegre porque sou salva. Oh, mamãe, não será maravilhoso quando Aninha aceitar Jesus em seu coração?
_ Sim, querida. Vamos orar para que isto aconteça hoje mesmo. Você sabe que temos esperado uma oportunidade para explicar a Aninha o que Jesus fez por ela. Creio que o momento chegou. Quando ela acordar falaremos sobre isso. Sei que ela fará algumas perguntas sobre Bolinha, e então lhe diremos que ele a amava tanto que corajosamente deu a vida por ela. Isto nos dará a oportunidade de explicar-lhe de maneira simples que há alguém que a ama muito mais e por ela deu a Sua Vida na cruz.
E foi assim que, pelo exemplo de Bolinha, Aninha compreendeu que Jesus morreu para salvá-la. E, naquele dia mesmo, ela o recebeu alegremente em seu coração. Bolinha não tinha morrido em vão.
E você? Já compreendeu que Jesus morreu também para salvá-lo? Faça como Aninha, receba Jesus agora mesmo em seu coração. ( LEIA JOÃO 1.12 E FAÇA O APELO)
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